domingo, 24 de abril de 2011

"Nariz electrónico" pode contribuir para o diagnóstico de cancro

Investigadores israelitas desenvolveram um “nariz electrónico” capaz de identificar sinais químicos do cancro através do hálito de pacientes que tenham tumores nos pulmões ou na zona do pescoço e da cabeça.
Um estudo preliminar publicado no "British Journal of Cancer" indica que este aparelho pode, no futuro, ajudar a diagnosticar a doença, embora sejam necessários vários anos de investigação até estar apto para ser utilizado na prática clínica.
O estudo realizado com o “Nano Artificial Nose” envolveu 80 voluntários, 46 dos quais tinham cancro nas áreas visadas pelo dispositivo, em que o diagnóstico geralmente é muito tardio. Os restantes eram saudáveis. Este método químico para identificar resíduos do cancro presentes no hálito dos pacientes distinguiu as moléculas dos que eram saudáveis das de pessoas cancerosas.

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Novo dispositivo para tratamento de cancro aumenta qualidade de vida dos doentes

O tratamento do cancro tem mais um aliado: um dispositivo portátil, já aprovado nos Estados Unidos, que interrompe a divisão das células cancerígenas, travando o crescimento e a propagação de tumores no cérebro.
O aparelho, fabricado em Israel, foi concebido para tratar adultos com um dos cancros mais comuns e que mais resistem aos tratamentos de quimio e radioterapia, o glioblastoma multiforme (GBM). "O glioblastoma multiforme recorrente é um tipo de cancro cerebral devastador que frequentemente resiste aos tratamentos padrões".
Esta nova alternativa de tratamento é composta por um conjunto de eléctrodos implantados no couro cabeludo do doente que emitem descargas eléctricas de baixa intensidade para “atacar” o tumor cerebral. Com um peso de 2,7 quilogramas, funciona com baterias ou com energia eléctrica. Pode ser utilizado em casa pelos doentes, que conseguem assim manter as suas actividades diárias com normalidade.
A  principal vantagem da utilização do “NovoTTF-100A” consiste, precisamente, na melhoria da qualidade de vida e não no aumento do período de sobrevivência dos doentes, comparativamente aos que se submetem a quimioterapia. O estudo registou que, em ambos os casos, há seis meses de vida adicionais.
De acordo com a FDA, os doentes que foram submetidos ao tratamento com o dispositivo sentiram uma maior incidência de efeitos neurológicos secundários, incluindo convulsões e dores de cabeça, em comparação aos que recorreram à quimioterapia. Contudo, não reportaram problemas de náuseas, anemia, fadiga, diarreia e infecções graves, como habitualmente ocorre com a toxicidade da quimioterapia.


quinta-feira, 21 de abril de 2011

Projecto “Há curas para o cancro. Desistir não é uma delas!" na TV Caldas



Errata: Devido a motivos alheios à nossa vontade, o jantar referido na entrevista não será realizado dia 6 mas sim dia 13 de Maio. Agradecemos a vossa compreensão.

Tratamento inovador para o cancro da próstata

sábado, 9 de abril de 2011

Cancro do colo do útero: a incidência da doença sofreu “uma baixa muito significativa”

O Ministério da Saúde decidiu atribuir a comparticipação do Estado a uma das duas vacinas existente no mercado português contra o Papiloma Vírus Humano (HPV), que provoca cancro do colo do útero. A incidência da doença sofreu “uma baixa muito significativa” em Portugal, segundo revelou a Federação das Sociedades Portuguesas de Obstetrícia e Ginecologia; no entanto, continua a ser um vírus que atinge 25 a 50 por cento da população feminina mundial e o nosso país continua a estar no topo. A vacinação é gratuita para as adolescentes a partir dos 13 anos, uma medida contemplada no âmbito do Plano Nacional de Vacinação.
O especialista Eduardo L. Franco, director do Departamento de Oncologia da Universidade McGill de Montreal (Canadá), que esteve recentemente no nosso país a dar conta dos últimos resultados do estudo ATHENA – o maior trabalho de investigação feito na área a nível internacional –, em entrevista, assegurou que Portugal está no bom caminho para um rastreio organizado, mas continua a usar um método obsoleto – a citologia cervical, vulgarmente chamada de papanicolau – por apresentar uma “elevada taxa de falsos negativos”.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Leis para «proteger» quem sobrevive ao cancro

A Liga Portuguesa Contra o Cancro quer que seja criada legislação que proteja quem sobrevive à doença. Quem vence a batalha contra o cancro têm muitas vezes dificuldades acrescidas para conseguir emprego, reforma, seguros ou até empréstimos bancários.
Até porque o cancro é cada vez menos uma sentença de morte e a taxa de sobrevivência à doença tem vindo a aumentar. Mas, muitas vezes, quem venceu o cancro enfrenta depois outras batalhas. Por isso mesmo, A Liga Portuguesa Contra o Cancro quer por isso ver criadas leis que protejam quem quer levar a vida para a frente.
Diagnósticos precoces, terapêuticas mais avançadas e maior consciência da população são algumas das armas que endurecem a luta contra o cancro. Mas outras armas são precisas na luta depois da cura.

terça-feira, 5 de abril de 2011

Boas férias!

Com o fim do 2º período chega o momento de fazermos um balanço daquilo que foi o nosso trabalho até agora.
Este período foi, decididamente, mais complicado que o anterior. Foram-nos colocados muitos mais obstáculos à realização dos nosssos objectivos, como referimos no nosso relatório intercalar que está disponível no fim deste post. Dificuldades à parte, este foi mais um período em que acima de tudo nos dedicámos a esta causa. Centrámo-nos nos preparativos da palestra e do evento de beneficência e podemos dizer que depois de muito esforço temos tudo bem encaminhado!
Estamos orgulhosas do caminho que este nosso trabalho já percorreu e do crescimento que teve desde Setembro!
Para o próximo período queremos que tanto a palestra como a gala se realizem e que marquem a diferença na nossa comunidade para que esta se convença de que 'Há curas para o cancro. Desistir não é uma delas!'
Deixamos aqui o nosso relatório intercalar e a apresentação do mesmo, um vídeo que realizámos para ser mostrado na gala e um resumo de uma entrevista que demos para a rádio Mais Oeste.

domingo, 3 de abril de 2011

Diário de Bordo

21 de Março: Continuámos com os preparativos respeitantes à palestra.

22 de Março: Concluímos a organização do Relatório Intercalar e da respectiva apresentação.

28 de Março: Fizemos a nossa apresentação de 2º período à turma.

29 de Março: Reunimos com o radialista João Carlos Costa, com vista à organização da gala de beneficência.

30 de Março: Reunimos com a professora Teresa Thiran, moderadora da palestra, para delinear quais os pontos a serem abordados na nossa actividade.

Portugueses limitam crescimento de cancro manipulando ambiente celular

Cientistas portugueses conseguiram travar o crescimento do cancro manipulando o ambiente que envolve as células cancerosas. O estudo publicado mostra pela primeira vez por que é que vários tipos de cancro bloqueiam a actividade do gene LRP1B.

Em 2010, uma equipa de Cambridge descobriu que o gene LRP1B estava entre os genes mais bloqueados em cancros. “Verificámos que nos tumores da tiróide havia uma repressão significativa deste gene”, disse Hugo Prazeres, que trabalha no Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto.
A proteína é especialmente activa nas células da tiróide e do tecido nervoso, mas também aparece silenciada no cancro colo-rectal, do pulmão, da bexiga e noutros. Os cientistas descobriram que este bloqueio acontece de três formas. O gene pode ser mutado e não originar uma proteína normal, podem ligar-se pequenas moléculas que emaranham o DNA e assim impedir a produção da proteína e o processo pode ainda ficar bloqueado depois do DNA ter produzido o RNA – molécula que codifica os aminoácidos que formam a proteína.
“Investigámos o que é que acontecia se introduzíssemos o gene funcional LRP1B em tumores, uma das coisas mais importantes foi a repressão da invasão”, disse o cientista.
O passo seguinte foi compreender qual a função desta proteína membranar. A proteína membranar tem a "capacidade de retirar moléculas solúveis do ambiente extracelular para o interior da célula". As substâncias solúveis ligam-se a várias proteínas LRP1B. Depois, o pedaço de membrana celular que tem as proteínas, é "puxado" para dentro da célula. A equipa do IPATIMUP descobriu que, neste caso, a substância retirada pela proteína membranar do espaço extracelular é a MMP2, uma enzima conhecida por degradar a matriz que une as células. Quando as células cancerosas inibem a produção da proteína membranar LRP1B, que normalmente recolhe a enzima MMP2 do ambiente fora da célula, a enzima continua lá, a degradar a matriz extracelular, fazendo com que o tumor consiga evoluir.